quinta-feira, 28 de julho de 2011

Finalmente chegou o momento em que posso dizer a Paris que a adoro frente-frente, olhos nos olhos! Quem não fica apaixonado pelo sotaque trés chic dos franceses, pelas árvores que embelezam a cidade pelas luzes nocturnas que enaltecem o seu poder de fazer sonhar?
Quem não se rende ao espírito discreto e vivo que tornam esta cidade uma união entre opostos que coligam perfeitamente?
Quem não quer conhecer Paris até às profundezas da sua alma?
Quem não a quer ter como melhor amiga?
Não sei, mas eu quero!
Não exijo hotéis de luxo, limusinas ou os famosos roteiros de compras a preços exurbitantes, porque tudo isso tudo não passa da sua profissão e aquilo que quero é disfrutar cada momento nas suas redondezas e nas suas esquinas, apreciar as conversas dos cafés tradicionais e o cheiro das rosas vermelhas, fazer parte da subtileza dos mercas e respirar a arte que voa por todo o lado!
Mas por agora deixemo-nos de desejos porque eles estão a atrapalhar o meu encontro... Com Paris!
Espero ter novidades em breve, porque seu que a minha vida não é propriamente empolgante!
                                                                                                        Bijoux,
                                                                                                        De moi

quarta-feira, 27 de julho de 2011

 Neste momento estou a fazer a minha mala, algo que por sinal pode ser complicado para quem não sabe a duração da estadia nem as pessoas que vai encontrar. Mas tenho a meu favor o facto de numa cidade tão grande ninguém julgar os outros por aquilo que vestem. Por isso, levarei as peças e as cores que me despertarem mais entusiasmo em usá-las.
  Podem ser saias compridas, malas de plástico, chapéus de borracha ou camisolas de papel, porque o único critério é o meu gosto. Na verdade, não me identifico com nada daquilo que referi anteriormente, mas foi uma forma de levar a questão da liberdade de expressão ao expoente máximo...
  E com estes pensamentos, acabei mesmo agora de fazer a minha mala. Optei por coisas simples e discretas que não me obrigam a pensar muito nelas. Além do mais, não sei o que Paris me irá trazer de novo. Não sei o que irei descobrir sobre mim, que à tanto tempo procuro e não sei o que é.
  Agora só tenho de pegar na mala e sair de casa.
  Acham que devo deixar algum bilhete?
Vou ser indecisa toda a minha vida e nem me lembro de que a minha mãe vem a casa almoçar dentro de dez minutos.
  Por isso, o melhor é deixar um papel na sala a dizer que os amo.





Sei que este acontecimento era merecedor de uma mensagem mais elaborada, mas gosto demasiado deles para inventar mentiras ou justificações que em nada os iria acalmar, porque eles nunca iriam perceber que também estou a fazer isto por eles. Aliás, é impossível eles viverem tranquilos assistindo aos conflitos e indecisões que me perseguem constantemente e que espero atenuar com esta aventura, porque não há dúvida que encontrar novas realidades, ajuda-nos a encontrarmo-nos a nós prórpios.
 Caros leitores, o táxi já chegou e por isso vou tentar disfrutar estes momentos ao máximo para reflectir. Quando estiver no avião, espero que as nuvens me elevem ainda mais alto para poder escrever a minha próxima mensagem que partilharei convosco mal beije o chão de Paris!
                                                                                                     Bijoux,
                                                                                                      De moi

Depois de tanto tempo condenada à monotonia da minha vida,  ganhei coragem e decidi voar para Paris sem a autorização dos meus pais. Não pensem que o meu objectivo é fazer com que todos os meus amigos se esqueçam de mim, porque isso já aconteceu à muito tempo devido às viagens que dei pelo imaginário. Mas já que estou em casa, sem compromissos e deveres, faz todo o sentido tornar real aquilo que eu imagino.
Desde a possibilidade de acordar, descer as escadas de uma pensão barata e deparar-me com as notícias da manhã mal saia à rua até à beleza de passear pela margem do Sena enquanto as luzes que iluminam a torre eiffel atingem a minha inspiração e fazem com que surja um poema!
Oh, et comme je l'aime un beau poème!
Por agora, o melhor é eu não dizer mais nada, porque mais uma vez, estou a deixar que o imaginário invada a minha vida em vez de eu mesma invadir o aeroporto, mas não se esqueçam de mim, porque daqui a nada partilharei com vocês os promenores da minha fuga de casa!
                                                            Um beijo,
                                                            De moi